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19.9.15

Crônicas Sobre a Vida: (Sobre)Vivendo sem Celular


Bem, alguns de vocês já devem saber que a tonta aqui está sem celular, né? Então, muita gente veio me dizer que essa poderia ser uma oportunidade para desgrudar os olhos da telinha e prestar atenção na vida, no que acontecia ao meu redor, que isso era um benefício e aquelas coisas que a sua avó provavelmente diria. E a única coisa que eu tenho a dizer a essas pessoas é: SEUS MENTIROSOS!

Fazem mais ou menos dezesseis dias que estou sem celular. No início, até que eu estava lidando muito bem com a situação mas depois de duas semanas você começa a sentir o desespero. É agoniante, toda hora você se pega colocando as mãos no bolso pra checar algo no aparelho e sentindo aquela pontada no coração quando lembra.

Só para ajudar você a lidar "super bem" com a perda, eles estão em todos os lugares. Sério, em todos os lugares mesmo! O dia seguinte ao que ele parou de funcionar era uma segunda, então eu estava super bem, já que minha escola tem uma regra contra celulares em seu território no horário escolar, mas quem disse que eu consegui me livrar? Toda hora alguém puxava o celular do bolso para olhar as horas, ver algo no Twitter... O pior é quando o papo é em torno de algo nos celulares ou em algum grupo nas redes sociais: Todos ficam encarando a telinha, rindo e interagindo, enquanto você fica excluída e sem saber o que está acontecendo.

Outra coisa bem interessante é quando você é um apaixonado por fotografia, assim como eu, e está andando no meio da rua quando encontra algo que daria uma ótima foto mas... Cadê o celular? Sim, eu costumava tirar fotos de paisagens, do pôr do céu, das nuvens e até mesmo de alguma flor, com a câmera do celular, pois ela era realmente ótima e, cara, que falta ela me faz! E o desespero que dá ao lembrar que todas as suas fotos, documentos e arquivos que não estavam armazenados na nuvem foram perdidos? É horrível!

Sabe quando você está voltando para casa, exausta depois de uma prova super difícil e tudo o que quer é ouvir sua música favorita enquanto está no trânsito?  Essa é, definitivamente, uma das minhas coisas favoritas, tanto que costumava voltar da escola escutando música todos os dias. Quem eu quero enganar? Eu praticamente vivia com os fones de ouvido! Completamente apaixonada por música, colocar os fones de ouvido e apertar o play sempre melhorava o meu mau humor, espantava a tristeza e rendia ótimos videoclipes criados no meio do engarrafamento em dia chuvoso. Infelizmente, é algo que também foi tirado do meu dia-a-dia.

Mas acho que a pior parte é saber que pode ter alguém precisando falar comigo, me mandando várias mensagens, que eu não irei receber. E os meus amigos virtuais? E os grupos do Whatsapp? Tenho um grupo de amigos por lá, nos conhecemos no Twitter há mais de um ano e eles são pessoas extremamente importantes pra mim. Sempre costumamos mandar textos enormes e personalizar nome e icon do grupo quando é aniversário de alguém... Em pensar que meu aniversário vai passar e eu não vou falar com eles. >.<

Chegando no ponto: Ficar sem celular é a pior coisa do mundo quando se é adolescente. Parece que ausência daquele aparelho tão pequeno é tão significativa que você não pode nem mesmo se sentir completamente em paz ou quieta. Aquela vontade de pegar ele e olhar as mensagens, aquele hábito de desbloquear a tela só por tédio, o de colocar as mãos no bolso da mochila só para sentir que o celular estava ali... Pois é, desapegar de algo querido, por mais que seja apenas um celular, é doloroso e difícil. Acho que vou acabar enlouquecendo antes de ter o novo aparelho em minhas mãos.


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Gostou do texto? Então, esse é o primeiro post do Crônicas Sobre a Vida, meu projeto de crônicas aqui para o blog. Sinceramente, espero que tenham gostado e eu estou aceitando sugestão de temas, ok? Tchauzinho! ^.^


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